Missão
Pretende-se desenvolver a Clínica Interamericana de Direitos Humanos da Faculdade Nacional de Direito, estruturada em quatro eixos: (i) princípios; (ii) metodologia; (iii) institucionalização; (iv) litigância estratégica.
Em relação aos princípios, a atuação da clínica visa fortalecer os direitos humanos e a democracia, com especial ênfase à proteção e à vocalização dos grupos vulneráveis, tais como crianças, mulheres, idosos, deficientes, LGBT, trabalhadores escravizados, pessoas privadas de liberdade etc.
Do ponto de vista metodológico, o projeto de aproxima teoria e prática utilizando-se técnicas pedagógicas contemporâneas, tais como: aprendizagem baseada em problemas (ABP), aprendizagem baseada em projetos (ABPR), sala de aula invertida, julgamentos simulados, estudos de casos e atuações reais como amicus curiae ou por meio do auxílio de formulação de peças processuais para proteção dos referidos grupos.
Em relação ao processo de institucionalização, a Clínica Interamericana de Direitos humanos da FND reunirá atividades de ensino, pesquisa e extensão. Quanto ao ensino, trabalhará de forma sinérgica com matérias eletivas de direito constitucional e de direitos humanos. Quanto às atividades de pesquisa, dialogará com a Casoteca da Corte Interamericana, coordenada pelo Prof. Siddharta Legale, que consistirá na produção de resumos das decisões da referida Corte e, posteriormente, de artigos acadêmicos. Ainda nesse âmbito, dialogará com o grupo de pesquisa “Constitucionalismo sulamericano”, coordenado pela Profa. Carolina Cyrillo, em especial no eixo que trata da integração entre o direito internacional dos direitos humanos e normas de direito constitucional interno. Em relação à extensão propriamente dita, A Clínica IDH está registrada como projeto de extensão.
Por fim, quanto à litigância estratégica, vale destacar que os casos selecionados irão priorizar à proteção e vocalização referidos grupos vulneráveis. Isso significa atuar em casos de interesse público ou social relevante seja na esfera judicial interna (TJ, STF etc), seja no sistema interamericano (Comissão Interamericana de Direitos Humanos e Corte Interamericana de Direitos Humanos). Vale destacar que, mesmo no plano interno, o objetivo será sempre verificar a compatibilidade do direito nacional com o sistema interamericano de direitos humanos, ou seja, fomentar o chamado controle de convencionalidade das decisões e das políticas públicas.
Objetivos específicos:
– Estudar a Comissão interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e a Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH);
– Resumir e analisar a jurisprudência da Corte IDH para publicar na Casoteca IDH:
– Investigar e analisar o diálogo (ou a sua ausência) entre a Corte IDH e o Supremo Tribunal Federal (STF);
– Promover aulas, debates, seminários, cursos e/ou palestras sobre temas relacionados aos direitos Humanos. – Produzir material didático de apoio sobre a temática dos direitos humanos em vídeo sobre os temas afins em parceria com Canal no Youtube Debates Virtuais.